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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Marina divulga dez temas para debate de programas no 2º turno

PV quer veto ao Código Florestal e 7% do PIB para educação.
Documento foi apresentado nesta sexta (8) em São Paulo.

 A senadora Marina Silva reuniu lideranças do PV na tarde desta sexta-feira (8) para divulgar um documento com dez temas que será usado como base para discussão que vai  definir o apoio do partido a Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB). O PV não exclui ainda a possibilidade de adotar neutralidade.

O documento é subdividido em 42 subitens, agrupados nos seguintes temas. (veja tabela abaixo). Marina aproveitou a coletiva para reiterar que o partido não cogita trocar apoio por cargos.
O texto tem como destaques propostas amplamente discutidas por ela durante a campanha. Entre esses pontos estão o aumento do investimento em educação para 7% do PIB, criação de um sistema nacional de prevenção e alerta sobre desastres naturais, a criação de uma agência reguladora independente para política nacional de mudanças climáticas, o veto à propostas de alteração do código florestal que reduzam áreas de reserva legal, preservação permanente ou promovam anistia a desmatadores.
Em entrevista coletiva, Marina afirmou que não há um ponto mais importante que o outro e que eles não foram apresentados de forma hierarquizada. Ela voltou a reafirmar que será a discussão sobre as propostas que deve definir o apoio do partido no segundo turno.
"Um processo complexo como esse não é puramente declaratório. É uma dinâmica que vai se estabelecendo a partir de agora. Fizemos algo respeitoso com a democracia", disse. "Estabelecemos um processo. A primeira fase foi ouvir diferentes segmetnos da sociedade civil, numa reunião com cerca de 70 pessoas, o outro foi a reunião que tivemos hoje com a coordenação nacional da campanha e do partido. Essa reunião foi parte presencial e outra via teleconferência. Terminamos agora e temos aqui um documento que, como havíamos dito, seria a base programática para discussão com as candidaturas que foram para o segundo turno, bem como a exposição da plataforma para o conjunto da sociedade", completou Marina.
O PV está cumprindo seu caminho, sua trajetória. Acabamos de concluir um documento que será apresentado à sociedade e aos dois postulantes à Presidência da República levando em consideração a nossa visão programática e o que a gente acha importante de atitudes a serem tomadas pelo futuro governo para o crescimento e o desenvolvimento sustentável do Brasil"
José Luiz Penna, presidente nacional do PV
"O PV está cumprindo seu caminho, sua trajetória. Acabamos de concluir um documento que será apresentado à sociedade e aos dois postulantes à Presidência da República levando em consideração a nossa visão programática e o que a gente acha importante de atitudes a serem tomadas pelo futuro governo para o crescimento e o desenvolvimento sustentável do Brasil", disse Penna.

"Temos aqui o documento que é “Agenda por um Brasil justo e sustentável”, que contém questões que o Partido Verde deseja ser realizadas no próximo governo e que será a base de interlocução nossa com os dois candidatos. (...) Teremos uma reunião da Executiva Nacional em Brasília na próxima quarta para preparar a convenção. E a convenção no dia 17", lembrou Sirkis.

Aborto
O documento divulgado pelo PV não faz menção ao aborto, tema que tem pautado a campanha do segundo turno. "Essa questão já está pautada desde o princípio pelos candidatos. E quando nós colocamos aqui a questão da liberdade religiosa, acreditamos que isso está contemplado, a defesa da vida.", definiu Marina.

"Como eu vi que os candidatos todos já estão dizendo que são contrários, então já está contemplado, inclusive, por eles próprios. Essa questão surgiu inicialmente comigo, nem foi abordado com os outros candidatos, agora, apareceu para os outros candidatos. Eles, de antemão, já se manifestaram e aqui, quando nós dizemos que respeitamos a diversidade, a liberdade religiosa, enfim, estamos afirmando o princípio de valorização da vida", completou.
Marina foi questionada sobre quais as garantias que o partido terá que o candidato que se comprometer a adotar os pontos apresentados pelo PV irá, de fato, implementar as políticas propostas. Ela afirmou que não há garantias, mas disse que o programa apresentado pelo PV é uma "oportunidade de ouro" para os candidatos.
"Não existe uma garantia a priori do que será feito depois de eleito aquele que ganhar. Eu acredito que, da nossa parte, havia um compromisso de implementar essa plataforma. É por esse compromisso que estamos lutado, de que de fato ele possa ser internalizado. Como as duas candidaturas não tinham programa de governo, agora têm a chance de um compromisso na forma de programa de governo para apresentar à sociedade como contribuição daqueles que não foram para o segundo turno e tiveram desempenho relevante."
fonte: G1

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